Évora, cidade localizada a duas horas de Lisboa/Portugal, é conhecida pela combinação de arquitetura romana, gótica e barroca - que ajudou Évora a ser eleita Patrimônio da Humanidade pela Unesco,
Também conhecida como a principal
sede da Inquisição Católica de Portugal, traz hoje, a luz o que foi obscurecido
e enterrado pelo passado.
Bem !!! enterrado não seria o termo
correto, e nem digno e respeitoso que a
Igreja Católica dava aos que eram condenados a morte por sua inquisição.
Pois foi descoberto nos escombros
da sede inquisitória católica, 12 ossadas de pessoas correspondentes a judeus
hereges dos séculos 16 e 17.
Segundo o antropólogo Bruno Magalhães, membro da equipe,
reconheceu que já se sabia que os judeus não eram enterrados em cemitérios
católicos, mas que só agora entenderam com exatidão o que era feito com eles:
os corpos eram jogados na lixeira.
Magalhães, em entrevista à Agência
Efe, declara que a Igreja tratava com classes diferentes de pecadores com diferentes
tipos de tratamento.
"O objetivo era não só punir o
corpo da pessoa, mas também castigar a alma",
"Há uma grande diferença para
determinar o funeral, segundo a acusação. Por exemplo, um acusado de bigamia
era enterrado em uma igreja", afirmou, acrescentando que as investigações
também revelaram que esses judeus hereges sequer tinham chegado a ser
condenados a morte, falecendo ainda enquanto estavam presos.
"Jogavam ali nos escombros às
pessoas que morriam enquanto estavam na prisão e esperavam ser julgados. É
possível notar isso perfeitamente", explicou Magalhães.
Iniciada em 2007 pela Universidade
de Évora, contou com a ajuda de representantes da Universidade de Coimbra e do
Centro de Pesquisa em Antropologia e Saúde, além de antropólogos associados ao
Museu do Congresso e da Inquisição, no Peru, e ao Museu da História da
Inquisição, no Brasil, países colonizados por Espanha e Portugal,
Essa descoberta tem sido
considerado como uma das descobertas arqueológicas mais notáveis do país.
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